Lá fora ela cai intespestuosamente
E eu, aqui, protegida no abrigo do meu lar
(Que tempos depois não serviria de abrigo a ninguém)
Ás vezes, eu invejo a intempestuosidade da chuva
Com ela ninguém pode!
Sua falta provoca o caos
Seus excessos a catástrofe
Mas, nem sempre ela destrói
A chuva precisa cair na medida certa
Pra deixar saldo positivo
Mas, ela não conhece limites
Acerta por acaso, erra na mão por descuido...
Assim como todos nós
A chuva, quem diria...
É destemperada como os humanos errantes
E segue deles a mesma lei:
A da implacável e bela natureza.
Itaipava, 11 de janeiro de 2011